CyberGAECO - 30/01/2025 14:00 (atualizado em 30/01/2025 14:10)

Operação desarticula grupo criminoso que aplicava o golpe da "compra confirmada"

No Litoral de SC, ao menos oito vítimas foram identificadas com prejuízos aproximado de R$ 30 mil.
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Operação acontece nesta quinta-feira, dia 30 (Fotos: MPSC/Divulgação)

Uma operação conjunta entre a Polícia Civil, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco), Delegacia de Combate ao Estelionato da Capital (DCE), realizada nesta quinta-feira, dia 30, desarticulou um grupo criminoso oriundo do Rio Grande do Sul, com atuação em Santa Catarina, especializado no golpe do falso pagamento, também conhecido como golpe da compra confirmada.

Conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, além de quatro mandados de prisão temporária.

A investigação, denominada Shadow Ride, teve início no final de 2024, após o registro de diversos boletins de ocorrência em Santa Catarina. As vítimas relataram crimes de estelionato em plataformas de vendas online, nos quais os criminosos utilizavam falsos comprovantes de pagamento para pressionar os vendedores a entregarem os produtos a motoristas de aplicativos. Sem conhecimento do esquema, os motoristas levavam os itens aos criminosos em endereços públicos. 

Somente na capital catarinense, foram identificadas oito vítimas dos criminosos, resultando em um prejuízo aproximado de R$ 30 mil, com indícios de que outras dezenas de pessoas também podem ter sido lesadas no estado. Ainda segundo informações obtidas durante as investigações, os suspeitos criaram mais de 3,5 mil contas em uma plataforma de vendas nos últimos três anos.

O golpe

O fraudador se apresenta como um comprador interessado em adquirir um produto anunciado em plataformas como a OLX. Para tornar a transação mais convincente, ele solicita o e-mail ou telefone do vendedor, alegando ser necessário para concluir o pagamento, supostamente por meio da própria plataforma.

O fraudador envia um comprovante de pagamento falso, cuidadosamente elaborado para imitar a empresa responsável pelo meio de pagamento. Em seguida, ele pressiona o vendedor a despachar o produto com urgência.

Na modalidade investigada, o envio ou retirada do item ocorre por meio do serviço Uber Flash. O golpista utiliza o aplicativo para solicitar o serviço, definindo o ponto de retirada (local da vítima) e o endereço de entrega. O motorista parceiro realiza a coleta e o transporte do objeto e a vítima entrega o item ao motorista acreditando que o pagamento já foi efetuado.

Entretanto, o valor nunca chega à conta do vendedor, que só percebe a fraude ao conferir o extrato bancário.

É importante destacar que as empresas de tecnologia cujas plataformas foram utilizadas pelos criminosos para a prática dos golpes, como Uber e OLX, colaboraram ativamente com as investigações. Essa parceria reforça a cooperação entre os setores público e privado no combate às práticas criminosas. A investigação contou ainda com o apoio da Polícia Civil e Ministério Público do Rio Grande do Sul.

Nome da operação

A escolha do nome "Shadow Ride" reflete o caráter furtivo das ações criminosas, realizadas "nas sombras" por meio do uso de identidades falsas e do serviço de transporte como instrumento do golpe.  

Fonte: Oeste Mais
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